Sinto falta dos tempos em que só se falava de amor quando eu brincava de casinha com meus amigos, dos tempos em que nada era confuso, tudo era simples e fácil de ser resolvido, de tempos que as palavras eram verdadeiras, e que tudo se curava com um abraço e com pedidos sinceros de desculpas, tempos que ninguém queria magoar ninguém, que não lutávamos por liderança, nem para ver quem ia ficar com o menino mais lindo, tempos que amar era amar, não importa quando, como, ou quem, tempos que eu não tinha essa insegurança, ter medo de mostrar um sentimento tão bonito chega a ser pecado, mas hoje em dia é normal, porque nunca se sabe o que pode acontecer, já que o amor de tantas pessoas dura tão pouco tempo, e ainda dizem que sabem o que é amar, é esse tipo de coisa que me amedronta, que me invade, que me corrompe e que me deixa atordoada. Então, depois de tantas indagações e conclusões mal tiradas volto ao inicio, onde não sabia se estava apaixonada ou se estava sendo enganada por um bilhão de sentimentos juntos, e concluo que prefiro não saber, e controlar esse sentimento que verdadeiro ou não me deixa confusa, frustada por me fazer lembrar de problemas passados, e totalmente abobada por lembrar daquele lindo rosto, de todas as manias, de todas a perfeições e imperfeições que juntas formam um ser único, um ser que pode ser o amor da minha vida. Detalhes, desejos, sonhos, isso é o que me faz ficar cada vez mais ligada a ele, e como se não o conhecesse estudo todos os seus jeitos, trejeitos, aspectos e formas, e o que me deixa mais intrigada é que realmente não o conheço, não dessa forma, não com esses olhos, nem com esse sorriso, não com esse amor.
"Lord knows that it would take another place, another time, another world, anorther life. (Beýonce - Best Thing I Never Had)"